Finanças

Seu plano de saúde vai ficar bem mais caro: reajuste aprovado é de 7,16%

Recentemente, um novo reajuste na mensalidade do plano de saúde deixou os brasileiros preocupados com a possibilidade de um aumento expressivo.

Contar com um plano de saúde tornou-se uma prioridade para muitas famílias brasileiras que buscam segurança diante dos altos custos do atendimento médico privado. O acesso rápido a exames, consultas e procedimentos especializados proporciona tranquilidade e melhora significativa na qualidade de vida.

Em um cenário de constantes desafios no sistema público de saúde, o plano particular garante mais agilidade no diagnóstico e no tratamento, evitando filas, atrasos e riscos à saúde. No entanto, manter esse tipo de cobertura exige atenção constante, principalmente diante dos reajustes anuais.

Assim, acompanhar as decisões regulatórias e entender como funcionam os mecanismos de reajuste é essencial para preservar tanto a proteção quanto a estabilidade financeira dos beneficiários, que dependem diretamente desse benefício.

Se voc~e usa plano de saúde, veja como vai ficar após o reajuste da ANS.
Se você usa plano de saúde, veja como vai ficar após o reajuste da ANS. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

ANS anuncia reajuste no valor do plano de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, em 15 de julho, os percentuais máximos de reajuste que poderão ser aplicados em 2025 aos contratos de planos de saúde não regulamentados. Esses contratos foram firmados antes da Lei nº 9.656/98, com cobertura obrigatória de procedimentos.

Apesar de estarem vinculados a Termos de Compromisso assinados com a ANS, esses planos antigos não seguem todas as regras impostas aos contratos regulamentados. Por isso, a agência define reajustes específicos com base em critérios próprios para garantir equilíbrio entre as operadoras.

O reajuste aprovado ficou em 6,47% para operadoras do tipo Medicina de Grupo, como a Amil, e em 7,16% para Seguradoras Especializadas em Saúde, que incluem Bradesco Saúde, Sul América e Itauseg. Esses percentuais foram calculados a partir da variação das despesas assistenciais no período.

Detalhe ela ficou em 6,06%, somada a fatores adicionais específicos de cada tipo de operadora. No caso das seguradoras, a metodologia incluiu uma taxa de 1,04%, enquanto no caso da medicina de grupo, o adicional foi de 0,39%, o que resultou em índices diferenciados por categoria.

A ANS explicou que os reajustes refletem o aumento dos custos com consultas, internações, exames e tratamentos, que impactam diretamente as operadoras. Embora a comercialização desses contratos não seja mais permitida, cerca de 400 mil beneficiários ainda utilizam planos antigos.

A agência destaca que os Termos de Compromisso servem justamente para preservar os direitos dos usuários e manter a transparência na relação entre clientes e operadoras. Dessa forma, a definição do teto de reajuste busca evitar aumentos abusivos e assegurar o equilíbrio econômico.

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O que muda na prática?

Na prática, os usuários dos planos não regulamentados sentirão o impacto do reajuste no valor da mensalidade ao longo de 2025. O índice autorizado serve como teto, ou seja, o percentual máximo que pode ser aplicado pelas operadoras. Mas isso não significa que o reajuste será automático ou igual.

Cada operadora pode decidir aplicar o índice total, um valor inferior ou até negociar condições específicas com os beneficiários, dependendo do contrato e do perfil do plano. Por isso, é fundamental que o usuário acompanhe o comunicado oficial de sua operadora para entender o novo valor.

Além disso, o reajuste autorizado é válido apenas para os contratos antigos que estão vinculados aos Termos de Compromisso. Planos regulamentados, ou seja, firmados após a Lei nº 9.656/98, seguem regras distintas e têm seus reajustes definidos por outro método, que considera a inflação médica.

Dessa forma, os impactos práticos dessas mudanças atingem um número limitado de beneficiários, mas que ainda representa uma parcela significativa de usuários da saúde suplementar. Como os planos antigos não podem mais ser comercializados, esse grupo tende a diminuir com o tempo.

Outro ponto importante é que, mesmo com o reajuste anual, as coberturas e condições contratuais desses planos permanecem inalteradas. Isso significa que o usuário continua tendo acesso aos mesmos serviços previstos originalmente, sem perda de benefícios.

No entanto, por não estarem sujeitos às mesmas exigências de cobertura obrigatória dos planos regulamentados, esses contratos exigem atenção redobrada. O consumidor deve verificar com regularidade o que está incluído no plano.

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Tem como diminuir o preço do plano de saúde sem prejudicar a cobertura?

Embora o reajuste anual seja inevitável, existem formas de amenizar o impacto financeiro do plano de saúde sem abrir mão da proteção. Uma das alternativas mais eficazes é avaliar a possibilidade de migração para outro plano da mesma operadora com condições mais vantajosas.

Muitas empresas oferecem opções com coparticipação, em que o usuário paga uma pequena taxa apenas quando utiliza determinados serviços, o que pode reduzir consideravelmente o valor da mensalidade mensal.

Outra estratégia é revisar com atenção a rede credenciada e as coberturas contratadas. Alguns planos oferecem ampla cobertura nacional e rede premium, mas esses benefícios podem ser desnecessários dependendo do perfil do usuário.

Optar por uma cobertura regional ou por uma rede referenciada mais enxuta pode trazer economia significativa, sem comprometer o acesso aos principais serviços médicos. Além disso, algumas operadoras oferecem descontos para planos familiares ou empresariais, mesmo para MEI.

Por fim, manter um bom histórico de relacionamento com a operadora também facilita a negociação. Beneficiários que pagam em dia, utilizam o plano com moderação e mantêm vínculo estável podem negociar diretamente com a empresa condições especiais, como descontos ou isenção temporária.

Além disso, consultar um corretor especializado pode ajudar a identificar oportunidades no mercado que atendam às necessidades médicas e financeiras da família. Com planejamento e informação, é possível manter um plano de saúde eficiente sem comprometer o orçamento mensal.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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